sábado, 2 de junho de 2012

Sintomas de uma cidadania gravemente doente

A entrevista publicada hoje no DN-Madeira do jovem deputado e ex-líder da JSD pode vir a tornar-se no melhor dos exemplos do que é a mais completa perversão dos valores da democracia e do exercício da cidadania. Podemos começar por dizer que há ali, pelo menos, uma enorme deformação educacional que resultará de vivências prematuras num ambiente pouco saudável mas, se isso já de si é grave do ponto de vista humano, é muitíssimo mais grave do ponto de vista do seu significado político e social porque aquele jovem integra um colectivo partidário, assumiu até há pouco a liderança de uma juventude partidária que recrutou e continua a recrutar, centenas de jovens madeirenses e vai continuar a desempenhar funções em nome daquilo que se designa na Constituição da República por "vontade popular", por isso, é muito grave quando ele se justifica em termos que têm por fundamento uma concepção de poder delegado por condição de nascimento ou por determinação "superior". Aquele deputado (provavelmente à semelhança dos que o "criaram" e rodeiam na sua bancada parlamentar) entende-se como uma criatura acima da lei, confessando julgar-se digno de uma impunidade própria dos imbecis ou dos psicopatas. É grave e inquietante.

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